Núcleo de Academias de Uberaba (NAU) realizou na manhã desta terça-feira, no auditório da Aciu (Associação Comercial Industrial e de Serviços de Uberaba), o 1º Fórum Uberabense de Atividades de Fitness. O Núcleo foi constituído há dois anos e hoje conta com cinco academias, integrando o Projeto Empreender, fruto da parceria entre a Aciu, CACB (Confederação das Associações Comerciais), Federaminas (Federação das Associações Comerciais, Industriais, Agropecuárias e de Serviços do Estado de Minas Gerais) e Sebrae (Sistema Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). O objetivo é promover o associativismo das classes empresariais. Cerca de 150 pessoas, entre profissionais de academias, clubes e alunos dos cursos de Educação Física participaram do evento, que teve como foco principal a regulamentação das academias e de seus profissionais. De acordo com o NAU, das 43 academias da cidade, só sete são registradas no Sistema Confef/Cref (Conselho Federal de Educação Física/ Conselho Regional de Educação Física). O Sistema regulamenta e fiscaliza os serviços prestados na área de Atividade Física, ou seja, só os profissionais registrados no Confef/Cref, que possuem cédula de identidade profissional, têm direito exercer legalmente a profissão. “A maioria das academias funciona com mão-de-obra não especializada. Fica complicado competir já que gastamos com impostos para andar de acordo com a lei. Não queremos que as academias fechem, queremos apenas que sejam regulamentadas”, explicou o integrante do Núcleo, empresário Otávio Lamartine Leite Filho. Representando o curso de Educação Física da Universidade de Uberaba, Silas Queiroz de Souza abordou aspectos referentes à Formação Profissional, enquanto o conselheiro regional do CREF/MG, Edson Eduardo Rodrigues de Oliveira, falou sobre A Importância do Sistema Confef/Cref. Edson frisou que o cerco está se fechando. “Num curto espaço de tempo, ninguém mais vai contratar um técnico, os profissionais de Educação Física atuam na área de Saúde, é preciso haver essa conscientização. Nós estamos lutando pela excelência da classe”, disse. A advogada do Procon, Ana Karina Alves Mendes ponderou que além dos riscos eminentes para os profissionais, os clientes também estão expostos, uma vez que podem ocorrer reclamações de lesões provocadas pela falta de acompanhamento ou do mau uso de aparelhos como os de musculação, por exemplo. O vereador Cleber Cabeludo também participou do Fórum, detalhando o Projeto de Lei Municipal que propõe a regulamentação do trabalho da Vigilância Sanitária no município, conforme sugestão do Núcleo das Academias. Atualmente, em Uberaba, a Vigilância Sanitária faz trabalho de fiscalização nos estabelecimentos, checando registros profissionais, alvará sanitário, condições físicas e de higiene. “Quando for aprovada, esta lei vai fundamentar uma série de ações. Pretendemos conscientizar a comunidade dos direitos que ela tem quando contrata os serviços de uma academia. Conforme quando você vai a um hospital e é atendido por um médico, numa academia, você deve ser atendido pelo profissional de Educação Física. Pretendemos tornar isso natural. Hoje, ainda é preciso conscientizar empresários e clientes sobre todos os riscos”, concluiu o membro do NAU, Vitor Hugo Rios Rodrigues.
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