Economia está voltando, diz Guilherme Afif em reunião da Aciu
06/07/2021


A diretoria da Associação, Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba - Aciu se reuniu em um encontro virtual nesta segunda-feira, dia 05, e o convidado da noite foi o assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos. O administrador de empresas, empresário e político brasileiro, afirmou à diretoria da entidade classista que “a economia está voltando, está reagindo. Há uma tendência da população em ser mais pessimista do que otimista, mas o ministro Paulo Guedes já enxergava esse cenário - em virtude da Covid-19, em que a economia iria ter queda, mas iria bater e voltar com força, como se fosse a letra v”, disse.


Para Afif, um dos grandes sustentáculos da economia brasileira no último ano foi o auxílio emergencial. “O Brasil tem uma economia subterrânea, uma economia informal, e muitas pessoas sobrevivem dessa economia. Porém, com essa pandemia, a paralisação de muitas atividades, se não fosse o auxílio emergencial, teríamos problemas muito mais graves. Vocês, empresários, mais do que ninguém, sabem como o auxílio foi importante para que muitos brasileiros pudessem continuar se alimentando, consumindo”, disse.


Na oportunidade, Afif também comentou a prorrogação do auxílio emergencial, anunciada nesta segunda-feira, dia 05, e que será pago por mais três meses. O benefício acabaria em julho e, com a prorrogação, também será pago em agosto, setembro e outubro. “A expectativa do governo era que até junho nós tivéssemos grande parte da população imunizada, mas como a vacinação ainda irá levar mais alguns meses, o auxílio também foi estendido, a fim de amenizar os impactos". 


Com papel importante na pasta da economia, o assessor destacou que mesmo com todas as dificuldades advindas da pandemia, o país vem mostrando bons índices. “Exemplo disso foi o PIB de 2020, que encerrou o ano com uma queda de 4,1%, enquanto a França fechou o ano passado com 8,3% de recuo. E outros países também tiveram quedas maiores. Para 2021, os estudiosos já apontam um fechamento do ano com crescimento de 5,18% , o que é muito bom e nos entusiasma, visto toda a situação que vivemos”, pontuou. 


Para ajudar os micro e pequenos empresários a superarem as dificuldades da crise do coronavírus, Guilherme acredita que para a retomada do crescimento, será preciso “socorrer os feridos”, destaca. “ Precisamos financiar débito tributário, inclusive estou trabalhando num projeto em Brasília que é a moratória fiscal, que é para aqueles que precisam de verdade, para se reerguer. Essa pandemia vai deixar muitos falecidos, mas também muitos falidos, e nós precisamos ajudar esses empresários”.    


Afif criticou duramente o sistema tributário do país, o que ele costuma chamar de “manicômio tributário”. Segundo ele, o empresário quer simplicidade, quer um sistema de recolhimento de fácil entendimento. “Por isso muitos optam pelo lucro presumido, mesmo pagando mais, mas porque conseguem se organizar melhor”, diz. Afif também defende a implantação de uma nota fiscal eletrônica única, em todo o país, para simplificar a tributação. Sobre a reforma tributária, Guilherme ressaltou que ainda é preciso rever algumas distorções do projeto proposto, pois em sua visão, ainda não está ideal. 


Para os jovens, o assessor adiantou que o Governo federal está formatando um programa que facilitará o acesso ao emprego para 2 milhões deles. “Será uma bolsa de qualificação de R$300,00, valor esse que será subsidiado pelo governo. Às empresas caberá uma contrapartida do mesmo valor, para que elas possam contratar esses jovens. Ou seja, cada jovem receberá R$600,00  por mês, trabalhando por 4h, 5h, por dia, e tendo mais 1h de qualificação que será oferecida dentro da própria empresa. É uma espécie de bolsa de estudos e trabalho”, salientou.


Os diretores da Aciu fizeram questionamentos ao assessor do Ministério da Economia e o presidente da entidade classista, Anderson Cadima, concluiu a reunião colocando a Aciu à disposição de Afif. O convidado encerrou sua participação fazendo seu famoso gesto e bordão de sua campanha presidencial de 1989, de “Juntos Chegaremos Lá!”. Guilherme Afif Domingos foi o candidato do PL à presidência nas eleições de 1989, tendo sido o 6º colocado na ocasião, com mais de 3,2 milhões de votos, ficando à frente de nomes importantes da política nacional como Ulysses Guimarães, Roberto Freire e Fernando Gabeira



Marcela Pires

Comunicação Aciu

06/07/2021





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