Uberaba tem, reconhecidamente, grande potencial de crescimento na área moveleira, dispondo de mão-de-obra qualificada e matéria-prima. Agora, com o suporte do Governo do Estado, Prefeitura e entidades do setor produtivo, começa a ser formatado o Arranjo Produtivo Local (APL) Moveleiro de Uberaba, um passo importante para a consolidação do segmento a partir da criação de uma Câmara Setorial. Através dela deverão surgir grupos de trabalho para elaborar um plano de desenvolvimento do setor: um trabalho de médio e longo prazo.
A importância e a necessidade do APL Moveleiro foram os principais assuntos discutidos em reunião ontem (dia 25) a noite na Aciu. Representando o Executivo participou do evento o titular da Secretaria municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento (SCTD), Ricardo Saud.
Fernando César Marra e Silva, diretor geral da SCTD, observa que a organização do setor vai possibilitar visibilidade ao pólo moveleiro de Uberaba, facilitando o acesso aos programas de incentivo para arranjos produtivos junto aos governos estadual e federal (qualificação de mão-de-obra, tecnologia, etc).
Segundo ele, estão cadastradas cerca de 150 empresas do setor junto à Prefeitura da cidade. Destas, pequena parte, cerca de cinco, podem ser consideradas de grande porte, como a Satipel, a Sauder, a Zago, a Mac, e a Margareth. O maior número se enquadra como pequena empresa.
Pólo - Empresário da área moveleira, Victor Aragão Neto, observa que ‘muito mais que um simples evento de organismos, a iniciativa tem amparo legal’, ressaltando que todo projeto visando incentivos públicos tem que passar por esta Câmara. Ele diz ainda que o trabalho conjunto visa unificar ações do arranjo produtivo local de móveis e a elaboração de um planejamento estratégico rumo ao futuro pólo moveleiro.
Inicialmente está sendo formado um grupo de trabalho congregando cerca de dez entidades e empresários. O primeiro trabalho é traçar o diagnóstico do setor. Conforme Aragão, embora sejam cerca de 150 as empresas moveleiras cadastradas, calcula-se que quantidade igual esteja pulverizada pela cidade. Este ‘raio x’ é que vai nortear o planejamento estratégico com as ações a serem adotadas.
Acesso – Confirmando o que já haviam antecipado na semana passada ao secretário Ricardo Saud, diretores da Satipel, aproveitaram a reunião para uma boa notícia, sobretudo, aos pequenos empresários do ramo de móveis na cidade. A empresa fornecedora de matéria-prima para a indústria de móveis que fez deslanchar o setor na cidade anunciou a abertura de vendas diretas para o mercado local, dentro de uma política que vai facilitar o acesso das empresas menores. Com o desenvolvimento da APL, a expectativa é de que a medida passará a ter um vulto maior com a instalação de uma Central de Compras, através da qual as empresas de menor porte poderão se associar para garantir o volume mínimo de mercadoria previsto e assim garantir a compra da matéria-prima produzida pela Satipel.
Fonte: