O prefeito Anderson Adauto declarou em entrevista coletiva na ACIU que os 58 milímetros de chuvas que caíram em menos de uma hora nesta quarta-feira (dia 12) foi o primeiro grande teste das obras do Projeto Água Viva. Após ouvir técnicos e percorrer avenidas, ele disse que assim que for concluído o projeto, chuvas deste volume não deverão mais inundar o centro da cidade.

Anderson afirmou que a duplicação dos canais da Avenida Guilherme Ferreira estão em andamento e todas as ruas diametrais, como Padre Jerônimo, Cunha Campos, Quinca Vaz, Paulo Pontes, Constituição, Floriano Peixoto, Doutor Ludovice e Felipe dos Santos terão redes coletoras de águas pluviais e bocas de lobo para jogar as águas dos bairros São Benedito e Abadia para dentro do canal existente e do novo canal. Desta forma, já dentro dos canais e não mais sobre o asfalto, as enxurradas chegarão ao canal da Avenida Leopoldino de Oliveira. Também nesta via, todas as ruas diametrais vão receber redes pluviais e bocas de lobo.

Também explicou que na Avenida Santos Dumont, onde as obras sequer começaram e onde aconteceram os principais problemas desta tarde, o canal será duplicado e as ruas diametrais receberão galerias e bocas de lobo. “Com todo esse conjunto de obras pronto vamos conter as enchentes na área central. Começamos e avançamos com o projeto pela avenida principal e entramos na Guilherme Ferreira. Esse primeiro teste mostra que nossos técnicos estão no caminho certo”, observou AA.

Ainda segundo ele, os técnicos do Codau que acompanharam o temporal constataram que, se o novo canal da Avenida Guilherme Ferreira estivesse pronto, o primeiro trecho da Avenida Leopoldino de Oliveira não seria alagado. O trecho da Avenida Santos Dumont, onde a duplicação do canal não foi iniciada, mostra que as obras são a solução. “Nós tivemos a coragem de encarar o problema e temos a certeza de estarmos certos na solução para as enchentes no centro da cidade”, completou o prefeito.

O coordenador da UGP – Unidade de Gerenciamento do Projeto Água Viva, engenheiro José Maria Barra, explicou que o conjunto de obras não se encontra concluído. Por exemplo, ainda faltam todas as obras da Avenida Santos Dumont (galerias principais e secundárias), da Avenida Guilherme Ferreira (em fase de execução, ainda sem as galerias secundárias), e da Avenida Leopoldino, onde faltam ser construídas as galerias secundárias das Ruas Coronel Randolfo Borges, Senador Pena, Major Eustáquio, Artur Machado e Segismundo Mendes, além de grades e bocas de lobo coletoras em toda a sua extensão.

Segundo Barra, a atipicidade da precipitação desta tarde se mostrou na Avenida Dr. Fidelis Reis, onde não existe previsão de nova galeria, tendo se verificado cheia. Ele informou que até o momento já foram implantadas aproximadamente 200 bocas de lobo nos novos e antigos canais, num universo previsto de 700. “É preciso colocar as águas das chuvas dentro dos canais existentes e previstos, para que se evitem inundações”, explicou o coordenador.

Precipitação - De acordo com a climatologista Wanda Prata, as chuvas da tarde desta quarta-feira chegaram a 58mm, durante 60 minutos de pancadas, com rajadas de ventos de 50km/h. A rota ciclônica das chuvas alcançaram todo o perímetro urbano, equivalendo o volume de 58mm a cinco dias de chuvas. Wanda Prata considera a pancada como anômala, sendo a maior chuva do ano. Ela alerta que até 21 de dezembro novas precipitações como essa poderão ocorrer, em função de maiores explosões solares neste período.

Balanço - O coordenador da Defesa Civil de Uberaba e da força tarefa do Plano de Emergência Pluviométrico, subsecretário Antônio de Sousa Filho, revelou que levantamento do Corpo de Bombeiros indicou um salvamento de pessoa, sem o registro de vítimas. A quantia de 38 carros e sete motos rodaram nas avenidas Santos Dumont principalmente, Guilherme Ferreira e Leopoldino de Oliveira.