O terceiro episódio da série de seminários online “Somar Forças”, organizada e realizada pela Credicitrus, reuniu na manhã de ontem (4 de junho) seis debatedores convidados que, durante uma hora, abordaram o tema “Empresas inovadoras em tempos de crise”.
O webinar teve como mediador o professor Marcos Fava Neves, da USP e da FGV, e contou com os seguintes participantes: Tirso Meirelles, presidente do Sebrae/SP; Renato Fonseca, assessor da Presidência do Sebrae/SP; Emílio Angella Neto, presidente da Associação Comercial de Botucatu, SP; Anderson Cadima, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba, MG; e dos cooperados Pedro Lobo, diretor-presidente da Dori Alimentos, de Marília, SP, e João Carlos Messas, presidente da Apidouro, de Bebedouro, SP. Ainda participaram do encontro o CEO da Credicitrus, Walmir Fernandes Segatto, e os diretores Comercial, de Operações e de Tecnologia e Gestão da Cooperativa, respectivamente Domingos Sávio Oriente Franciulli, Marcelo Antonio Soares e Marcelo Martins.
O seminário trouxe reflexões, ideias e experiências sobre a inovação nos negócios neste período e as perspectivas que se abrem para o futuro empresarial. Tirso Meirelles chamou a atenção para a evolução das plataformas digitais e destacou, em especial, a importância destas para o estreitamento das relações interpessoais, profissionais e comerciais. Ressaltou que mais de 50% das pessoas que utilizaram e-commerce e delivery neste período de distanciamento social, o fizeram pela primeira vez. Isso indica que, graças à boa experiência atual, essa forma de transação deve ganhar cada vez mais espaço.
Anderson Cadima, presidente da Aciu, relatou que a Prefeitura de Uberaba criou uma plataforma para possibilitar que produtores e comerciantes do município que ainda não dispunham de recursos para efetuar vendas online possam fazê-las. Também citou duas empresas industriais locais que redirecionaram suas linhas para a produção de itens como respiradores, dispensadores de álcool gel, tapetes tipo pedilúvio para higienização dos pés e túneis de ozônio.
João Carlos Messas ressaltou que o segmento de apicultura, no qual atua há 35 anos, sendo um dos maiores exportadores brasileiros de mel, teve desempenho surpreendente desde o início da pandemia, pois a demanda por mel aumentou. Isso tem possibilitado manter todos os compromissos com os fornecedores do produto, em sua maioria pequenos produtores.
Emilio Angella Neto citou o exemplo de um pequeno mercado de bairro de Botucatu que passou a oferecer frutas, verduras e hortaliças frescas e embaladas, fazendo entregas em domicílio. Com agilidade e visão local, vem tendo sucesso nessa iniciativa e a tendência é que soluções como essa, valorizando as relações locais e regionais, tenham maior expressão após a pandemia.
Pedro Lobo contou que Marília, onde está sediada sua empresa produtora de snacks, foi definida como um ecossistema empresarial voltado para a área de alimentos. Isso deve valorizar a economia local e a colaboração entre empresas. Nesse sentido, conforme contou, foi criada recentemente uma plataforma integrada de biotecnologia, para desenvolvimento e fornecimento de ingredientes saudáveis.
Renato Fonseca deu ênfase à velocidade de digitalização das relações entre pessoas e empresas, antevendo que esse fenômeno será objeto de muitos estudos daqui para a frente. Citou, como exemplo, que o Sebrae vem batendo recordes de atendimento com seus consultores trabalhando em home office. Mas ressaltou que é preciso investir em inovações que gerem “mais e melhores notas fiscais”, ou seja, que produzam resultados reais.
Complementando as participações dos convidados, os diretores da Cooperativa ressaltaram, ao final, como a Credicitrus vem fazendo diferença na vida de seus associados, dando atenção em especial às necessidades de sobrevivência e continuidade operacional das mais de 13 mil pessoas jurídicas cooperadas. E ainda deram destaque ao papel diferenciado que vem sendo desempenhado pelo Instituto Credicitrus.
Fonte: Divulgação Credicitrus